Um elevado percentual de crianças em idade escolar apresenta doenças oftalmológicas. Por essa razão, é muito importante fazer avaliações periódicas com um médico.
Bebês e crianças pequenas não sabem expressar suas dificuldades visuais de forma clara. Assim, cabe aos pais/responsáveis observar possíveis sintomas no dia a dia dos pequenos, e de conduzi-los à avaliação médica sempre que algo estranho for notado.
Para saber mais sobre as doenças oftalmológicas mais comuns na infância, continue lendo, e entenda quais são os principais sintomas que precisam de atenção!
Miopia
A miopia ocorre quando a imagem não é corretamente focalizada na retina. Isso faz com que se tenha dificuldades para enxergar coisas de longe. A criança míope começa a evitar brincadeiras e atividades que exijam enxergar longe, já que ela consegue ver melhor de perto.
A origem, em muitos casos, é hereditária. No entanto, a fadiga ocular que resulta do esforço para manter o foco em um ponto específico, como a tela do computador, também pode ser responsável. Crianças que passam mais tempo em atividades externas apresentam menor incidência de miopia.
O tratamento em crianças pode ser realizado por meio da utilização de medicamentos (colírio com atropina, pode ser usado em casos bem específicos), óculos ou até mesmo lentes de contato.
Estrabismo
O estrabismo é a perda do paralelismo dos eixos visuais, isto é, quando um ou ambos os olhos estão desviados, pode ocorrer para dentro (esotropia) ou para fora (exotropia).
Até os seis meses de idade, o aparecimento de certo desalinhamento entre os olhos é normal, pois o bebê ainda não tem uma boa fixação das imagens na mácula (parte central da retina). A presença de boa visão é uma condição para que os olhos fiquem alinhados corretamente. Após essa idade, os pais devem estar atentos — quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de cura.
Enquanto os olhos da criança ainda estão em desenvolvimento, o estrabismo pode ser tratado com o uso de um tampão, que ajuda a estimular a musculatura do olho mais fraco. Em crianças mais velhas, a correção é feita com a utilização de óculos, e cirurgias são recomendadas apenas em alguns casos.
Ambliopia
A ambliopia é o desenvolvimento irregular de um dos olhos, que pode não evoluir adequadamente e acabar por ter uma participação mínima na visão da criança. Por essa razão, a doença é popularmente conhecida como “olho preguiçoso”.
Entre as causas mais comuns da ambliopia estão o estrabismo e os erros de refração (miopia, hipermetropia ou astigmatismo).
Assim como o estrabismo, a ambliopia também deve ser tratada com oclusão, exercícios oculares orientados e uso de óculos. O tratamento deve continuar, mesmo depois de alcançados os resultados desejados.
Leucocoria
A leucocoria é uma doença de avaliação obrigatória no recém-nascido (no chamado “teste do olhinho”). Trata-se do surgimento de lesões posteriores à pupila, mas que se caracterizam como manchas brancas nessa parte do olho (leucocoria significa “pupila branca”).
Por impedir a correta passagem da luz, pode atrasar o desenvolvimento normal das vias ópticas ou mesmo conduzir ao seu atrofiamento.
As causas mais comuns em crianças são a catarata congênita e o retinoblastoma. No entanto, outras causas também existem. Por essa razão, o tratamento da leucocoria será feito de acordo com a doença causadora.
Retinoblastoma
O retinoblastoma é um tumor maligno que altera as células da retina. Trata-se do tumor ocular mais frequente em crianças e é uma das doenças oftalmológicas mais graves.
O teste do olhinho deve ser realizado com frequência em crianças pequenas, sobretudo em razão dessa doença.
Existe uma série de modalidades terapêuticas para o tratamento do retinoblastoma após diagnosticado. O tratamento, no entanto, será programado em conformidade com a extensão da doença — se está atingindo os dois olhos ou apenas um.
Essas são as doenças oftalmológicas mais comuns nos pequenos. A maioria dos sintomas citados acima é de fácil percepção para os adultos que convivem com a criança. Identificá-los o mais cedo possível e garantir que o portador tenha o tratamento adequado é fundamental para evitar grandes danos à visão.
Fonte: Portal da Oftalmologia