A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma das principais causas da perda da visão na terceira idade. A doença atinge a mácula, a área nobre e central da retina, responsável por enxergarmos os detalhes e as cores. Com o envelhecimento, a região da retina passa a receber menos oxigênio e, para compensar essa deficiência e normalizar a oxigenação, os vasos sanguíneos começam a se reproduzir descontroladamente.
Esses vasos anormais se rompem e causam uma mancha que prejudica a visão, esta é uma das formas da doença – a forma úmida ou neovascular, que atinge cerca de 90% dos pacientes. Já em sua forma seca ou atrófica, a mácula se degenera – também pela falta de oxigênio – e forma uma cicatriz, que causa a perda da visão central.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 2,9 milhões de pessoas com mais de 65 anos sofrem com o problema no Brasil.
Causas e Fatores de Risco
Os fatores de risco estão quase que 100% ligados ao estilo de vida da pessoa. Porém, histórico familiar, raça, exposição solar e hábitos alimentares também podem contribuir para a ocorrência da doença. Vale lembrar que o processo de envelhecimento altera a visão, assim como outros sentidos do corpo humano. É um processo degenerativo, por natureza. Entretanto, é possível adotar hábitos saudáveis, que podem prevenir o surgimento de diversas doenças, incluindo a DMRI.
Os principais fatores de risco controláveis, ou seja, aqueles em que é possível intervir, são o tabagismo, a hipertensão arterial, a aterosclerose, o colesterol alto, o excesso de peso e a exposição aumentada aos raios ultravioleta.
Sinais e Sintomas
Entre os principais sintomas da DRMI estão:
Mancha escura ou esbranquiçada no centro da visão;
Perda rápida da capacidade visual;
Diminuição da sensibilidade ao contraste;
Imagens disformes (distorcidas) ou enevoadas;
Alterações das cores;
Aumento da sensibilidade à luz;
Diminuição da visão central.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da DMRI é feito por meio de um exame oftalmológico de rotina. O oftalmologista pode solicitar exames complementares, como a angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência óptica (OCT). O tratamento não consegue curar a doença, apenas impedir o avanço e a perda progressiva da visão. Portanto, o melhor é prevenir por meio da adoção de hábitos saudáveis de vida como uma dieta balanceada, ficar longe do cigarro, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol, assim como manter o peso e praticar atividades físicas.
Outra forma de prevenção está ligada à ingestão de medicamentos contendo zinco e antioxidantes, como a luteína e o ômega 3, juntamente com a redução da ingestão de gorduras (sob prescrição e acompanhamento medico)
Fonte: Portal da Oftalmologia